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Como seria o mundo ideal? |
Atualmente vivemos uma sociedade dividida em classes
sociais: classe baixa, média e alta. Muita gente fala e escreve que sonharia em
viver uma sociedade sem ricos, nem pobres, em que todos vivessem em uma classe social única. Que este seria o mundo ideal.
Não concordo com isso, uma sociedade sem ricos e pobres não estimularia
as pessoas a evoluírem, a buscarem o melhor para si e sua família e,
consequentemente, aquela sociedade como um todo deixaria de se desenvolver.
Qual o estímulo que uma pessoa teria para estudar e/ou trabalhar muito se,
mesmo sem se esforçar, ela teria as mesmas coisas que os outros?
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O leitor neste momento deve está pensando que o mundo ideal
que será descrito no texto é igual ao mundo real em que vivemos. Mas, desde já respondo que não.
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Inicialmente, no mundo ideal, o trabalhador mais
simples e mais pobre teria um salário digno, que lhe proporcionaria uma vida
simples, mas com todas as necessidades básicas satisfeitas (comida, habitação,
vestuário, lazer, etc.). Ou seja, os mais pobres teriam uma vida boa no sentido
material, embora com simplicidade e sem luxos. Ademais, teriam essa vida por
uma opção pessoal.
Sim. Por opção pessoal, já que no mundo ideal a igualdade
de oportunidades é essencial. Isto é, filhos de pobres e ricos teriam basicamente
as mesmas oportunidades de serem o que quiserem no futuro.
O filho do
trabalhador mais humilde poderia, através de seu esforço e dedicação, se tornar
um engenheiro, médico, juiz, empresário ou qualquer outra profissão que queira.
Ah! mas isso já acontece hoje, diriam alguns. Sim, até acontece (raramente). Só que as
oportunidades não são nem de perto semelhante, tendo os filhos dos mais pobres que se sacrificar muito mais para alcançar uma mudança na esfera social.
No mundo
ideal, não haveria um sacrifício tão diferente entre os mais e os menos
abastados, os espinhos pelos caminhos de ambos seriam muito semelhantes.
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Do mesmo modo, os que quisessem estudar menos, por exemplo,
e, em consequência, ganhar menos, poderiam ter uma vida simples, mas com totais
condições de felicidade, pois, como dito acima, seu rendimento seria
satisfatório para todas suas necessidades básicas.
Portanto, no mundo ideal,
seria uma escolha pessoal a classe social a qual a pessoa pertenceria
(obviamente não é somente escolher e pronto, teria que lutar, se esforçar e
correr atrás. A grande diferença seria que todos teriam oportunidades semelhantes de
alcançar seus objetivos).
Também é óbvio que as oportunidades de trocar ou
ficar em uma classe social seriam semelhantes, mas não absolutamente iguais. Os
filhos dos mais ricos teriam algumas vantagens como, por exemplo, a herança que
receberiam. Uma das coisas que estimulam bastante o ser humano é buscar uma
vida melhor para seus filhos e uma das vantagens de estudar, trabalhar muito e
conseguir sucesso profissional é dar algum beneficio a seus descendentes.
Mas,
isso em nada diminui a igualdade preconizada no texto, pois as oportunidades
básicas seriam as mesmas. Ou seja, todos teriam acesso a uma educação de qualidade e gratuita, além de uma boa estrutura familiar no que tange ao lado material (lembrando que todos teriam direito a um salário que proporcionasse isso).
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Portanto, o mundo ideal obedeceria a uma meritocracia,
onde aqueles que quisessem correr atrás do seu objetivo, teriam muitas oportunidades para alcançá-lo e não um mundo em que não existissem
diferenças sociais e pessoas que não tivessem interesse em realizar nada (o ser humano
tem todo direito disso) recebessem a mesma recompensa que aqueles que correm
atrás de seus sonhos e realizam bastante coisa.
Todavia, mesmo existindo diferença social, todos viveriam bem
(materialmente) e dignamente, indiferente de sua classe social.
Infelizmente,
este mundo é utópico e muito longe da nossa realidade ainda. Os filhos dos mais
humildes têm pouquíssimas oportunidades de sucesso e ascensão social
atualmente, o que torna nossa sociedade bastante injusta. Mas, não custa sonhar
com um futuro melhor.
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Na real,
ResponderExcluirEnquanto existir ser humano na face da terra não haverá mundo ideal... rsrs
Então, melhor é tentar sobreviver no mundo real da melhor forma possível.
Pelo o andar da carruagem da história, o paraíso e o inferno pode ser aqui mesmo...
Uma bela utopia. rsrs
Um abraço.
Muito obrigado pelo comentário e entendo muito bem sua posição. Mas, como otimista inveterado, acredito na humanidade e que no futuro (embora muito distante ainda) possamos ter um mundo melhor e mais justo. Grande abraço!
ExcluirQuero crer que o mundo ideal descrito tão bem por ti continue sendo um incentivo aos que hoje vivem na base da pirâmide. Tempos difíceis os atuais, mas nada deve tolher a vontade e determinação de quem sabe que pode e há como ser melhor, mais justo e mais honesto.
ResponderExcluirAbraços
Espero que esse mundo ideal se aproxime um pouco do real e incentive as pessoas a se tornarem cada vez melhores e tornarem o mundo cada vez melhor e mais justo. Obrigado pelo comentário. Abraços.
ExcluirConcordo com o texto. É preciso igualdade de oportunidades para existir justiça social.
ResponderExcluirUma pergunta: E quanto às pessoas que abusam das outras pelo simples prazer?
ResponderExcluirInfelizmente, nos dias de hoje, essas pessoas vão existir em qualquer tipo de sociedade, pois ter ou não este sentimento (abusar dos outros por prazer) é interno de cada um e não algo que deriva da coletividade. No entanto, em uma sociedade em que todos têm educação de qualidade, uma vida digna e oportunidades para crescer e se desenvolver, este tipo de comportamento (exteriorização do sentimento) tende a ser bastante diminuído (até mesmo extinto conforme evolução da coletividade), pois a própria sociedade o repele.
ExcluirUma outra pergunta:E se o dinheiro (um dos principais objetivos de conquista do ser humano para ter uma vida melhor)deixasse de existir?
ResponderExcluirO dinheiro é somente um objeto universal de escambo, uma facilidade, uma coisa que você pode trocar por qualquer outra. Antes dele o escambo já existia, só era bem mais complicado para todos. Em resumo, o dinheiro não é ruim, é só uma facilidade e se deixasse de existir só tornaria a vida de todos bem mais difícil. Acredito que o objeto correto de sua pergunta não é o dinheiro e sim o poder (este é o verdadeiro objetivo de muita gente) e este já existia antes do dinheiro e continuaria existindo se não houvesse dinheiro.
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