Muito se fala em inflação na atualidade. Praticamente todos
os dias jornais, TV, rádio, governantes e políticos em geral comentam sobre
a taxa inflacionária. No entanto, uma parte considerável da população não sabe
ao certo o que é isso ou quais são os malefícios que ela provoca no cotidiano
das pessoas.
A inflação, em uma explicação superficial, é o aumento do
nível dos preços de um conjunto de bens. Se uma pessoa comprava um conjunto
determinado de bens por R$ 100,00 no mês passado e agora este mesmo conjunto custa
R$ 125,00, temos uma inflação de 25%. Ou seja, um aumento de 25% nos preços
destes bens. No entanto, mais importante do que saber o que significa, é entender os
malefícios provocados por esta inflação no dia-a-dia e, com isso, tentar se
defender dela.
A inflação corrói o salário de todo mundo todos os meses. E
não só o salário, mas também o dinheiro que se poupa e guarda para o futuro. Se
alguém ganha um salário R$ 1000,00 e a inflação está em 0,5% ao mês, trinta dias
depois, apesar da pessoa continuar recebendo R$ 1000,00, seu poder de compra
será de R$ 995,00. Isto acontece em um mês, imagine este efeito projetado ao longo de meses e anos. Em alguns anos, a inflação seria de 50% e aquele salário de R$ 1000,00 teria um poder
de compra de apenas R$ 500,00 (metade do valor). Exemplificando, se antes R$ 1000,00 possibilitava comprar
quatro cestas básicas, com o passar do tempo e os 50% de inflação, este mesmo
valor só compraria duas destas cestas básicas. E, como dito anteriormente, este fenômeno não
acontece só com o salário, mas também com o dinheiro que a pessoa economiza e guarda.
E como proteger este dinheiro poupado? Em primeiro lugar,
não deixando o dinheiro guardado sem qualquer rendimento. Atualmente, com a
inflação em torno dos 6,5% ao ano, cada mês que o dinheiro fica parado na conta
ou guardado em casa sem correção, a pessoa perde, em média, cerca de 0,5% em poder de compra. É quase uma caderneta de poupança ao contrário. Então, quem não quer perder o valor real de seu
dinheiro, não pode deixa-lo parado sem correção, tem que procurar um
investimento que, no mínimo, iguale a inflação, como é o caso da poupança. Este
investimento costuma, nos últimos tempos, ter um rendimento próximo da inflação,
garantindo que o investidor não perca poder de compra. Todavia, se a pessoa
quer ter um lucro real e aumentar seu dinheiro ao longo dos
tempos, deve procurar algo que renda acima da inflação, quanto maior for o
rendimento em relação ao índice inflacionário, maior o lucro real. Só com o
lucro real (acima da inflação) é o que o indivíduo ganha poder de compra e
aumenta seu dinheiro de maneira verdadeira.
Portanto, é preciso muito cuidado com a inflação para
não perder o poder de compra do dinheiro, que é o que vale. O que importa é o
que o dinheiro pode comprar ou pagar e não o valor numérico dele. Desta forma,
é importante não deixar o dinheiro guardado sem render nada por muito tempo e
procurar, cada vez mais, entender melhor os tipos de investimentos que existem
e quais podem superar a inflação, garantindo um ganho real. O objetivo deve ser utilizar os números a seu favor e conseguir
ganhar mais do que o aumento dos preços, ou seja, ganhar acima da inflação.
Muito bom o artigo. Este tema deveria ser abordado mais vezes.
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