![]() |
Barão de Guaraciaba. A história de um barão negro |
A história de um barão negro conta a vida de Francisco Paulo de Almeida, o Barão de Guaraciaba, um
dos homens mais ricos do império brasileiro. Durante sua vida acumulou um
enorme patrimônio que incluía bancos, fazendas e muitos escravos. Mas, o
detalhe que o torna diferente dos outros nobres do império é que ele era negro
em uma época que o país era escravocrata e extremamente racista.
Continua após publicidade:
Francisco, o barão negro do império, não nasceu nobre e nem rico, começou sua vida
trabalhando na confecção de botões para colarinhos de camisa e complementava sua
renda tocando violino em enterros. Depois se tornou tropeiro e com o dinheiro
que ganhava conseguiu juntar e comprar sua primeira fazenda. A partir daí, seu
patrimônio só cresceu.
Com investimentos diversificados em ações, bancos, fazendas
e outros negócios, Francisco se tornou um dos homens mais ricos do país e foi
agraciado pelo império com o título de Barão de Guaraciaba, passando a fazer
parte da nobreza brasileira. Apesar de negro, o Barão não era abolicionista e
tinha centenas de escravos nos mais de 250 quilômetros quadrados de terras que
possuía nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Alguns historiadores afirmam que o barão negro foi um gênio das
finanças e que nem a queda do império e a crise do café (principal produto de
suas fazendas) o fizeram ficar menos rico, já que seu patrimônio era colossal.
Além de cafeicultor e investidor em diversos negócios, foi sócio-fundador do
Banco Territorial de Minas Gerais e do Banco de Crédito Real de Minas Gerais.
Continua após publicidade:
A história da vida do Barão de Guaraciaba mostra que um homem pode
chegar longe mesmo nas condições mais desfavoráveis que podem existir. Em uma
sociedade que considerava, legalmente, uma pessoa de sua cor de pele inferior às outras e na qual era dificílima a mudança de estrato social (muito mais que na atual), o Barão chegou muito longe, atingindo uma
alta posição financeira e social com seu trabalho e inteligência.
Compartilhe o texto:
Nenhum comentário:
Postar um comentário