"Um castelo no Brasil" conta a
história do Castelo da Torre de Garcia D’Ávila construído no século XVI na
Bahia, um dos primeiros e poucos desse estilo no país.
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Garcia D’Ávila era um
administrador português que chegou ao Brasil em 1549, junto com o primeiro
Governador Geral do país, Tomé de Souza. Segundo algumas fontes, Garcia seria
filho ilegítimo de Tomé.
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O Governador doou a Garcia terras
na Bahia e, nessas terras, em 1551, foi construído o Castelo da Torre de Garcia
D’Ávila, denominado por seu proprietário como Torre Singela de São Pedro, para
ser a sede do que viria a ser um dos maiores latifúndios do mundo.
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O castelo fica na Praia do Forte,
na Bahia, e tem estilo único no continente americano, abrange casa, capela,
torre de defesa e outros edifícios. A Torre foi construída para ter visão do
mar e de vasta área de terra, defendendo o castelo por ambos os lados.
O Morgado da Torre, como ficaram
conhecidas as terras da família D’Ávila, se tornou o maior latifúndio do mundo
com mais de 800 mil metros quadrados e existiu por 10 gerações da família e mais
de 300 anos, acabando em 1852 com a morte do último Senhor e Morgado da Torre, Antônio
Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, o Visconde da Torre de Garcia D’Ávila. O morgadio foi extinto no Brasil em 1835, sem continuação após morte dos morgados da época.
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O Castelo de Garcia D’Ávila teve
como um de seus senhores no século XVII, Francisco Dias Ávila Caramuru, neto de Garcia D´Ávila
pelo lado materno e bisneto de Diogo e Catarina Álvares Caramuru, mais
conhecidos como Caramuru e Paraguaçu, pelo lado paterno.
Sob o comando de Francisco Dias
Ávila Caramuru, a Torre de Garcia D’Ávila, como também é conhecido o castelo, foi
muito importante na defesa do nordeste brasileiro durante as invasões holandesas.
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O castelo também fez história na
luta da independência do Brasil, servindo como base do exército e fornecendo
homens às tropas brasileiras. Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque (o
herdeiro do castelo e de suas vastas terras e Visconde da Torre de Garcia D’Ávila)
assim como seus dois irmãos, Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque (Visconde
de Pirajá) e Francisco Elesbão Pires de Carvalho e Albuquerque (Barão de
Jaguaripe), são heróis da independência.
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Atualmente as ruínas do castelo
são tombadas e são um ponto turístico muito atrativo a todos, especialmente
para os que gostam de história.
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